Erros em Valuation de Pequenas Empresas: como evitar os mais comuns
Realizar um valuation confiável é um desafio para qualquer empresa, especialmente para aquelas de menor porte. Os erros em valuation de pequenas empresas são mais comuns do que se imagina e podem comprometer negociações, afastar investidores ou distorcer a visão estratégica dos gestores.
Neste artigo, mostramos os equívocos mais recorrentes nesse processo e como evitá-los com mais técnica, organização e previsibilidade.
1. Misturar finanças pessoais com as da empresa
Entre os principais erros em valuation de pequenas empresas, a mistura de contas é, sem dúvida, um dos mais críticos. Quando as finanças do sócio se confundem com as da empresa, o valor do negócio perde consistência e credibilidade.
Como evitar:
Separe totalmente as contas. Estabeleça um pró-labore, registre todas as movimentações da empresa de forma clara e formalize entradas e saídas. Assim, o valuation refletirá a realidade.
2. Basear o valuation apenas no faturamento ou lucro atual
Assumir que o valuation se resume ao faturamento ou lucro do último ano é um equívoco. Embora esses números sejam importantes, o que realmente importa é a capacidade futura de geração de caixa, os riscos envolvidos e a atratividade do negócio.
Como evitar:
Adote o método do Fluxo de Caixa Descontado (DCF), adaptado à realidade da sua empresa. Ele exige projeções financeiras detalhadas e análise de cenários. Quando fizer sentido, use também múltiplos de mercado e valor do ativo.
Uma introdução útil está neste guia da Exame sobre Valuation.
3. Não ajustar o EBITDA ou lucro operacional
É comum que pequenas empresas apresentem resultados distorcidos por despesas não recorrentes ou remuneração desalinhada dos sócios. Deixar de ajustar o EBITDA compromete a percepção da rentabilidade real do negócio.
Como evitar:
Faça o EBITDA ajustado, excluindo itens pontuais, corrigindo salários dos sócios e alinhando despesas operacionais. Esse cuidado traz mais precisão ao valuation.
4. Ignorar riscos e dependências
Muitas pequenas empresas dependem de poucos clientes, fornecedores ou até do próprio dono. Esses fatores elevam o risco percebido por investidores e reduzem o valor da empresa.
Como evitar:
Inclua uma análise de riscos no processo de valuation. Dependências críticas devem ser identificadas e mitigadas. Avaliações responsáveis consideram riscos operacionais, comerciais e humanos.
5. Falta de dados confiáveis e organização
Sem demonstrativos financeiros organizados, relatórios consistentes e dados atualizados, é impossível aplicar qualquer método de avaliação com segurança. Além disso, isso compromete a confiança de investidores e compradores.
Como evitar:
Invista em organização financeira com o apoio de uma controladoria ou de um serviço de BPO financeiro. Mantenha balancetes, DREs, fluxo de caixa e projeções em dia. Dados confiáveis são a base de qualquer avaliação estratégica.
Conclusão: valuation exige técnica, não achismo
Valuation não é uma simples “conta de padaria”. Em negócios menores, onde a estrutura de gestão e finanças nem sempre é madura, o rigor técnico e uma visão estruturada fazem ainda mais diferença.
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