Como agir quando o mercado de M&A desacelera (e por que isso pode ser uma vantagem)

Desaceleração no mercado de M&A: como agir e transformar em vantagem

Nos últimos meses, temos observado sinais claros de desaceleração no mercado de M&A no Brasil. Apesar de um começo de ano robusto, especialmente no setor financeiro, as condições macroeconômicas, as taxas de juros elevadas e as incertezas regulatórias estão criando resistência para novas transações.

Entender esse cenário e saber como se posicionar pode fazer toda a diferença entre quem fica parado e quem aproveita a desaceleração para se fortalecer.

Panorama atual do mercado de M&A

De janeiro a julho de 2025, o setor financeiro registrou alta de 41,5% em operações de fusões e aquisições em comparação com o mesmo período de 2024 (Finsiders Brasil).

No entanto, a PwC Brasil aponta que no 2º semestre haverá uma desaceleração no mercado de M&A, motivada por custos elevados de capital (juros altos), incerteza regulatória e um ambiente macroeconômico global instável.

Outro dado relevante: até junho, o Brasil teve aumento de 15% no volume de negócios de M&A em relação a 2024. Mesmo assim, a previsão é de que o ritmo caia conforme o mercado demande maior segurança nas avaliações e nos retornos esperados.

Por que a desaceleração pode ser um momento estratégico

Embora a palavra “desaceleração” soe negativa, ela traz oportunidades raras:

  • Menos competição imediata: quando muitas empresas ficam na expectativa, aquelas que agem com preparo têm vantagem.

  • Tempo para organizar a casa: finanças, governança, processos e due diligence internos ganham espaço para maturarem.

  • Melhores negociações: compradores e investidores tendem a buscar transações mais seguras, valorizando empresas bem estruturadas e com clareza nos dados.

Como sua empresa deve se portar nesse cenário

Área Ação prática Impacto para o negócio
Financeira & Controladoria Revisar fluxo de caixa, reduzir passivos e simular cenários (stress test). Reduz risco de liquidez e aumenta segurança nas negociações.
Governança & Transparência Auditar processos, reforçar compliance e preparar documentação para due diligence. Gera confiança e acelera negociações.
Estratégia & Posicionamento Mapear potenciais parceiros, revisar modelo de negócio e identificar ativos estratégicos. Permite agir rápido quando surgirem oportunidades.
Valuation atualizado Realizar avaliações internas recorrentes e ajustar expectativas ao mercado. Evita surpresas negativas e alinha expectativas.
Comunicação & Relacionamento Manter contato com investidores, consultores e potenciais parceiros. Aumenta visibilidade e atrai capital disponível mesmo em períodos cautelosos.

Exemplos práticos de empresas que se prepararam

  • No setor financeiro, corretoras de seguros e gestoras de patrimônio vêm consolidando portfólios no primeiro semestre, aproveitando aquisições menores para ganhar escala (Finsiders Brasil).

  • Áreas como infraestrutura, saúde e tecnologia permanecem como potenciais estratégicos, já que são mais resilientes em momentos de desaceleração no mercado de M&A (Capital Aberto).

Conclusão: prepare-se para quando o ciclo girar

A desaceleração de M&A não é motivo para desespero, mas sim para ação estratégica. Empresas que aproveitam esse momento para:

  • organizar suas finanças,

  • estruturar suas operações,

  • fortalecer a governança,

  • e alinhar propósito ao valor entregue,

estarão em posição privilegiada para capturar oportunidades quando o mercado voltar a crescer.

No IGHER Consultoria, ajudamos empresas a se prepararem para momentos de transição: ajustando estruturas, realizando valuations precisos e reforçando a governança para garantir clareza estratégica em negociações, seja como vendedor ou adquirente.

👉 Se você quer que sua empresa esteja à frente mesmo na desaceleração do mercado de M&A, fale com nossos especialistas e descubra como transformar o momento em vantagem.

Mid-market M&A no Brasil está crescendo em 2025: oportunidades além dos grandes players

O mercado de mid-market M&A no Brasil está em plena ascensão em 2025. Mesmo com os juros elevados e a instabilidade econômica, especialistas projetam um crescimento expressivo nas transações envolvendo empresas de médio porte. Segundo relatório da PwC, a expectativa é de alta entre 10% e 20% nas operações de fusões e aquisições no país.

Esse cenário abre uma janela de oportunidades para empresários que desejam vender, captar recursos ou expandir seus negócios por meio de aquisições estratégicas.

O que é o mid-market no M&A?

O termo mid-market se refere a empresas de porte médio, geralmente com faturamento entre R$ 50 milhões e R$ 500 milhões ao ano. Elas são atrativas para investidores porque possuem estrutura consolidada, mas ainda apresentam espaço significativo para crescimento e ganho de eficiência.

Diferente das grandes corporações, as transações nesse segmento tendem a ser mais rápidas e flexíveis, permitindo negociações estratégicas e maior potencial de retorno.

Por que o mid-market M&A no Brasil está crescendo?

Diversos fatores explicam esse movimento:

  • Setores em alta: tecnologia, saúde, fintechs, infraestrutura e energia estão na mira de investidores nacionais e internacionais.

  • Reforma tributária: mudanças na legislação prometem simplificar o sistema e aumentar a previsibilidade para quem investe.

  • Atração de capital estrangeiro: com ativos desvalorizados e dólar forte, o Brasil se torna ainda mais competitivo para investidores internacionais.

  • Consolidação de mercado: em segmentos pulverizados, empresas médias buscam fusões para ganhar escala e competir com players maiores.

Como empresas de médio porte podem se preparar

Para aproveitar esse cenário favorável, é fundamental que as empresas estejam preparadas. Algumas ações estratégicas incluem:

  1. Organizar a governança corporativa – empresas com processos claros e estruturados são mais valorizadas.

  2. Realizar um valuation confiável – entender o real valor do negócio evita distorções e fortalece a negociação.

  3. Ajustar finanças e compliance – passivos ocultos podem inviabilizar a operação. Transparência é essencial.

  4. Estruturar um plano de crescimento – investidores buscam negócios com visão de longo prazo e potencial de escala.

Exemplos de movimentos recentes

Nos últimos anos, o mercado brasileiro já mostrou sinais de aquecimento. De acordo com a PwC, setores como tecnologia e saúde continuam liderando as transações. Além disso, a busca por eficiência energética e sustentabilidade também está atraindo capital para empresas médias ligadas a energia renovável e infraestrutura.

O papel da assessoria especializada

Navegar por processos de M&A exige conhecimento técnico e visão estratégica. No site do IGHER, mostramos como atuamos em toda a jornada: desde a organização da gestão e preparação para due diligence até a negociação final.

Com experiência em valuation, governança e advisory em M&A, ajudamos empresas de médio porte a se posicionarem como ativos de alto valor no mercado.

Conclusão

O mid-market M&A no Brasil em 2025 está mais dinâmico do que nunca. Para empresários atentos, esse é o momento ideal de estruturar o negócio e aproveitar a onda de oportunidades que vai muito além dos grandes players.

Quer saber se sua empresa está pronta para atrair investidores ou realizar uma aquisição estratégica? Entre em contato com o IGHER e descubra como transformar potencial em resultado.

Como uma Boa Governança Pode Ajudar no Processo de M&A?

Boa Governança e M&A

Diante de um cenário cada vez mais dinâmico, a busca por novas alternativas de
crescimento e expansão dos negócios tem direcionado empresários a considerarem
o processo de M&A (merger and acquisition), ou, na tradução, fusões e aquisições.
Segundo dados levantados pela KPMG, em 2023 foram realizadas no Brasil 1142
(mil cento e quarenta e duas) operações de fusão e aquisição.
Portanto, ao levar em consideração esse cenário que tem ficado cada vez mais
movimentado, fica evidente a importância da estratégia e da organização para tais
processos, e esses pontos só são alcançados com uma boa governança.

Mas, o que é governança?

A governança se refere às práticas estratégicas que direcionam o funcionamento da
empresa, como ela é administrada, os processos, o planejamento estratégico,
enfim, todos os pilares que tornam um negócio sustentável.
Desse modo, fica evidente a importância de ter uma governança corporativa
estruturada e sólida.
Quando incorporada em um processo de M&A, traz uma série de benefícios que
protegem os interesses de todas as partes, uma vez que, oferece uma base extensa
para estudo de mitigação de riscos, análise de cenários, e, assim, a possibilidade de
melhor tomada de decisões diante de qualquer cenário.

Benefícios da Governança nas fusões e aquisições

● Gestão de riscos

Ter em mãos todos os dados do negócio, questões financeiras, legais, cenário
interno e externo é fundamental para a gestão e mitigação de riscos em possíveis
intercorrências.

● Proteção dos acionistas

A governança visa a proteção de todas as partes envolvidas, trazendo segurança na
tomada de decisões, sejam elas de risco ou mais conservadoras, fortalece a
administração e abre mais espaço para novas injeções de investimento no negócio.

● Interesse de novos investidores

A solidez de uma governança traz credibilidade aos processos, e isso pode resultar
em interesse de novos investidores para as fusões e aquisições, e
consequentemente, beneficia a empresa com mais opções de negociação.

● Valorização do negócio

Como consequência da governança, é natural que a empresa seja vista com
práticas mais éticas e seguras. Ter o controle financeiro, dos processos, do que
acontece dentro do negócio, traz credibilidade, e, como consequência, valorização a
longo prazo do negócio.

Consequências da falta de governança no M&A

Todos os processos citados acima, se ausentam ou ficam “turvos” com a falta de
uma governança eficiente. Na fusão e aquisição é fundamental ter clareza de todos
os dados e da situação em que se encontra a empresa.
Na ausência desses pontos, o negócio se torna muito mais arriscado e transmite
insegurança para os acionistas, e possíveis compradores, levando até mesmo ao
fracasso da negociação.

Conclusão

Fica evidente o quão fundamental é uma boa gestão estratégica aplicada pela
governança.
Tal prática só traz benefícios e segurança para todas as partes envolvidas. As
decisões são tomadas com clareza, a gestão de riscos se torna mais eficiente, e,
claro, a credibilidade que a empresa passa a ter, consequentemente a torna mais
valorizada e atrativa.