Por que o setor de healthcare é um dos mais atrativos para fusões e aquisições no Brasil?

Nos últimos anos, o setor de healthcare se consolidou como um dos mercados mais dinâmicos e promissores para fusões e aquisições (M&A) no Brasil. Com um ecossistema em constante transformação, impulsionado por avanços tecnológicos, mudanças demográficas e necessidades crescentes da população, o segmento de saúde atrai cada vez mais o olhar de investidores nacionais e internacionais.

 

1. Crescimento constante da demanda por serviços de saúde

 

A população brasileira está envelhecendo. Segundo o IBGE, a expectativa é que até 2030 o Brasil tenha mais idosos do que jovens. Isso implica em uma demanda crescente por serviços médicos, clínicas especializadas, laboratórios e hospitais. Fonte: IBGE

 

Esse cenário cria uma pressão natural por expansão e eficiência, o que torna a consolidação entre empresas uma estratégia inteligente para ganho de escala, redução de custos e ampliação da cobertura.

 

 

2. Fragmentação do mercado e oportunidades de consolidação

 

O mercado de saúde no Brasil ainda é extremamente fragmentado. Segundo dados da ANS, existem mais de 700 operadoras de planos de saúde e milhares de clínicas e laboratórios em atuação. Essa dispersão abre espaço para consolidações que tragam maior eficiência, padronização de processos e fortalecimento da marca.

 

Empresas maiores e mais estruturadas também tendem a ter acesso facilitado a crédito, negociação com fornecedores e melhores margens.

 

3. Avanço da digitalização e HealthTechs

 

A transformação digital também impulsiona M&As no setor. HealthTechs que oferecem soluções inovadoras, como prontuários eletrônicos, telemedicina, gestão de dados e IA, estão sendo adquiridas por grandes grupos para complementar serviços e agregar valor.

 

Exemplos disso são as aquisições realizadas por grandes grupos como Dasa, Rede D’Or e Hapvida, que têm investido fortemente em inovação e expansão. O portal Startupi também destaca o aumento expressivo nos investimentos em startups de saúde no Brasil, evidenciando o apetite por HealthTechs. Além disso, a Bain & Company aponta o setor como um dos mais promissores para private equity e fusões globais no segmento de saúde.

 

4. Interesse de fundos de private equity e investidores estrangeiros

 

O setor de saúde é resiliente e tende a crescer mesmo em momentos de instabilidade econômica. Por isso, é visto como um porto seguro por fundos de private equity. Investidores estrangeiros também demonstram apetite por ativos brasileiros, buscando oportunidades de entrada em um mercado com potencial de crescimento exponencial.

 

De acordo com a PwC, healthcare está entre os três setores mais visados por fundos em operações de M&A nos últimos cinco anos.

 

5. Profissionalização e busca por governança

 

Empresas que investem em governança corporativa, gestão eficiente e estruturação de indicadores se tornam mais atrativas para compra. O movimento em operações de de M&A tem incentivado as empresas de saúde a se profissionalizarem, com foco em valorização e preparação para o futuro.

 

Esse processo abre portas para empresas familiares que desejam realizar uma sucessão estruturada ou buscar crescimento com apoio de um investidor estratégico.

 

Conclusão

 

O setor de healthcare no Brasil está no centro das atenções de investidores e grupos empresariais por ser resiliente, escalável e altamente necessário. A combinação de demanda crescente, fragmentação de mercado, inovação e apetite de investidores cria o cenário ideal para M&As estratégicas.

 

Se sua empresa de saúde deseja se preparar para uma futura venda, fusão ou captação de investimento, conte com o apoio da equipe do IGHER, especialista em governança, estruturação e valorização de empresas.udar.

 

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Dicionário do Valuation: termos essenciais para Líderes Empresariais

No universo corporativo, compreender termos específicos de valuation, fusões e aquisições (M&A) e governança é fundamental para uma gestão eficaz. A seguir, apresentamos alguns conceitos-chave que todo líder empresarial deve conhecer:​

 

Goodwill

 

O goodwill representa a diferença entre o valor pago na aquisição de uma empresa e o valor justo de seus ativos e passivos identificáveis. Este valor adicional reflete ativos intangíveis, como reputação, marca e relacionamento com clientes. Por exemplo, se uma empresa é adquirida por R$ 900 mil, mas seus ativos líquidos valem R$ 750 mil, o goodwill seria de R$ 150 mil.

 

WACC (Weighted Average Cost of Capital)

 

O Custo Médio Ponderado de Capital (WACC) é a taxa que uma empresa espera pagar, em média, para todas as suas fontes de financiamento, incluindo dívida e capital próprio. É utilizado como taxa de desconto nos modelos de fluxo de caixa descontado (DCF) para determinar o valor presente dos fluxos de caixa futuros de uma empresa. 

Quer entender melhor como calcular o WACC da sua empresa? Acesse o link LeverPro Blog .

 

Earn-out

 

Earn-out é uma cláusula em contratos de aquisição onde o vendedor recebe pagamentos adicionais caso a empresa adquirida atinja metas de desempenho específicas após a compra. Esta estrutura alinha os interesses de ambas as partes e pode minimizar riscos para o comprador.​

 

Beta

 

O beta é uma medida de risco que indica a sensibilidade do retorno de um ativo em relação às variações do mercado. Um beta maior que 1 indica que o ativo é mais volátil que o mercado; um beta menor que 1 indica menor volatilidade. Este indicador é essencial na determinação do custo de capital próprio e, consequentemente, no cálculo do WACC. ​

 

EV/EBITDA

 

O múltiplo EV/EBITDA compara o Valor da Firma (Enterprise Value – EV) com o Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização (EBITDA). É utilizado para avaliar se uma empresa está subvalorizada ou sobrevalorizada em relação a seus pares, oferecendo uma visão sobre a geração operacional de caixa da empresa em relação ao seu valor total.​

 

Dívida Líquida

 

A dívida líquida é calculada subtraindo-se o caixa e equivalentes de caixa da dívida total de uma empresa. Este indicador reflete o endividamento real da empresa e é utilizado para avaliar sua saúde financeira e capacidade de cumprir obrigações.​

 

Impairment

 

Ipairment refere-se à redução no valor recuperável de um ativo abaixo de seu valor contábil. Quando isso ocorre, a empresa deve registrar uma perda por desvalorização, ajustando o valor do ativo em seus demonstrativos financeiros. Este processo garante que os ativos não sejam contabilizados por um valor superior ao que se espera recuperar através de uso ou venda.​

Dominar esses termos é essencial para líderes que buscam uma gestão financeira sólida e decisões estratégicas bem fundamentadas. A compreensão aprofundada desses conceitos contribui para a valorização da empresa e para o sucesso em operações de mercado.​

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